Do outro lado dos decks: Djs na pista…

DO OUTRO LADO DOS DECKS: DJS NA PISTA …

Por Adriana Prates

Outro dia estava conversando com um amigo, o Melo, e ele comentou que vê
poucos Djs dançarem. De brincadeira, fizemos até um ranking para eleger os

Djs que mais fervem quando estão na pista. Depois, fiquei pensando sobre o

assunto. Lembrei que, nas listas de discussão relacionadas à música eletrônica,

vira e mexe as pessoas estão discutindo assuntos do tipo: o que é comercial e

o que é underground, por exemplo. Ou tentando estabelecer que vinil é melhor

que cd ou vice versa. “Ao vivo” também não é muito diferente: os papos dos

Djs e aficcionados costumam girar em torno de conceitos, nomenclaturas,

etc… Refleti que se discute bastante sobre vários temas relacionados à atuação

dos Djs, mas parece ficar obscurecida uma dimensão importante – pelo

menos do trabalho dos Djs que se propõem a tocar em festas e boates – que

é botar o povo para dançar. Nas entrevistas que rolam por aí, por exemplo,

sempre se pergunta aos Djs sobre sua trajetória, as influências, os produtores

preferidos, o que pensam sobre a cena em seus locais de origem… questões

super importantes, sem dúvida, mas que nem sempre contemplam o que eu

considero a magia do Dj: a capacidade de envolver as pessoas e fazer com que

uma noite se eternize na memória daqueles que estão na pista.

Depois desta conversa com o Melo, eu, que adoro fazer parte da pista, dançar

bastante – e sempre, sempre, HOUSE – cada vez mais – fiquei curiosa em saber

como os Djs se sentem quando estão do lado de lá das pick-ups, ou seja, o que

eles esperam, querem, etc, quando estão na pista: se gostam de dançar, o que

gostam de ouvir quando estão na pista, o que esperam do DJ que está tocando,

os momentos especiais que vivenciaram …

E então Djs, vamos dançar ?

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